O termo “transformação digital” tornou-se hoje num lugar-comum quando abordamos os desafios que se apresentam às organizações e à forma como estas operacionalizam o seu negócio.

By Nuno Freitas

O momento é de mudança, potenciada pela tecnologia, numa tendência que engloba a digitalização das vendas e canais de comunicação e novas plataformas de interação com o mercado e envolvimento com clientes. Esta transformação obriga a repensar modelos e abordagens, que permitam criar mais valor num contexto de disrupção.

figura-se hoje claro que as organizações mais bem-sucedidas são aquelas que reconhecem a importância de integrar um impulso de inovação, fazendo uso de ferramentas e processos tecnológicos no sentido de potenciar uma estratégia de negócio plenamente estruturada. Esta correlação não é incidental. Tendências como big data, mobilidade e outros avanços paralelos encontram-se a modificar o modo como as empresas encaram os seus recursos, operam internamente e interagem com parceiros e clientes, numa tendência marcada pela transversalidade: não são apenas empresas recentes inseridas no fenómeno startup ou de natureza mais propícia à inovação a realizarem este percurso, esta é uma questão que impacta igualmente organizações em setores encarados como mais conservadores e com uma certa resistência à mudança.

A adoção de uma tática digital abrangente requer mudança e adaptação, e apenas uma liderança dinâmica pode ativar e incentivar esse tipo de transformação em larga escala. Olhando para além da figura do CEO, existe um consenso de que todos os membros ao nível de direção necessitam de desempenhar um papel na execução de uma estratégia digital bem-sucedida. Todos precisam de estar informados acerca das potencialidades da utilização de recursos digitais para poder fazer as perguntas certas e propor as soluções corretas. Paralelamente, sem um sinal claro da totalidade da gestão relativa ao carácter fundamental desta tática digital, os colaboradores tenderão a resistir à mudança.

A fim de efetivamente liderar o processo de digitalização, a Gestão nas organizações deve possuir uma forte compreensão do poder das ferramentas e capacidades digitais, para melhorar os objetivos desenhados e os processos de negócio implementados. Estes líderes devem abordar a tecnologia e a digitalização questionando de que modo podem essas inovações facilitar ou otimizar o negócio, explorar o que a tecnologia pode oferecer e, em seguida, introduzir a inovação enquanto mais-valia.

Entre os processos a considerar encontra-se a importância central da segurança cibernética, a capacidade de reduzir estruturas e custos ​​e uma interação melhorada com o cliente. A digitalização oferece novos dados, insights e conectividade, permitindo que as organizações atinjam metas propostas de forma mais eficaz.

Num mundo cada vez mais digital, a liderança significa também escutar e tomar decisões que conduzam a empresa na direção certa. É importante perceber as tendências existentes no setor e identificar desafios e oportunidades, especialmente num ambiente organizacional em ritmo acelerado. Às empresas exige-se agilidade para resposta e adaptação aos desafios constantes e mutantes e que abracem o design thinking sob pena de perda de competitividade.

Os líderes precisam de ser capazes de se adequarem às circunstâncias e permanecerem confortáveis ​​num estado de volatilidade. Nesse sentido, a tecnologia e a digitalização não são fins em si, mas ferramentas que possibilitam a implementação de uma liderança e orientação bem-sucedidas.

A capacidade, por parte da liderança numa organização, de dirigir uma transformação digital não se refere apenas ao desenvolvimento de competências ou ferramentas tecnológicas específicas. Significa, pelo contrário, uma mentalidade que permite fomentar um ambiente de curiosidade, adaptação e evolução contínuo. Em última análise, é esse estado de espírito e curiosidade natural que permitirá a líderes atentos e inteligentes construir uma ponte entre a realidade atual das suas organizações e uma visão de futuro.

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